Semi-Amor

Perdoa a pretuberância dos meus sentimentos saltando daqui de dentro do meu peito mas talvez essa seja a resposta para tantas repreensões, análises, cartas e cafés.
Engraçado como as coisas são, mas devo agradecer-te pelo amor semi-vivido.
Digo ser semi-vivido porque vivi o amor, sozinha, amando-te, mas vivi. Agradeço por isso, então.
Perdoa se parecer leviandade, hipocrisia, sarcasmo mas...
Nas noites em que eu não te tinha e aqui ficava sozinha, eu entendi o amor. Entendi que o amor não se entende, nem se deve compreender, se deve tentar. E no meio de tantas tentativas para encontrar, entender, viver, chorar e gozar esse amor é que eu exalei o perfume da vida.
Fostes então, parte de inigualável importância em minha vida - ainda que jamais presente.
No desespero de todas as minhas buscas por ti foi que encontrei as palavras mais doces e as mais amargas. Mas encontrei, e é isso que me enobrece.
Quem sabe essa seja uma carta de adeus - sei que não é a primeira, mas presumo que seja a última. -. Uma carta para dizer-te que me amadureci de ti, que agora estou sóbria do efeito que causavas em mim (insônias e tremores e calafrios e amor). Como sei disso? Preste atenção, querido... Entendi a mim, a ti e ao amor. O que de concreto e verdadeiro sobra nessa história? Nada mais. Porque contigo não vivi o amor que tando amei. Me amei em ti. Amei sozinha. Mas amei, e por isso sou eternamente grata.
Adeus.

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