É impactante perceber que a vida é do jeito que a vemos. Um olhar diferente muda os polos de lugar.
Seis bilhões de pontos de vista.
Seis bilhões de maneiras de enxergar o mundo.
Somos todos opostos, inversos, adjacentes, contrários. Todos buscando similaridade. Em vez de alma gêmea, olhos gêmeos. Alguém que enxergue o mundo quase da mesma maneira que nós.
Mas ainda somos obtusos. Incógnitos. Às vezes irredutíveis. Porém, coexistimos. Independente dos olhos - nus, míopes, hipermétropes, sadios. Sob lentes de contato, óculos de grau, binóculo, telescópio. Gostando ou não, coexistimos, habitamos, convivemos. E quando passamos a entender, começamos a aceitar. Abstraímos, amamos, cegamos... Transcendemos.
Passamos a enxergar de cima, observamos a vida de outro lugar.
Termino aqui. Com a finda certeza de que tenho muito para ver. Muito mais que enxergar.
Sentir com os olhos.
Ver com o coração.
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