Certas coisas não estão ao nosso alcance. Não é algo que podemos escolher.
Foi assim o início do fim.
Dizer que tudo que tínhamos foi esvaindo-se entre meus dedos é banal, chato e clichê, mas não deixa de ser verdade.
Gostaria de encontrar uma maneira simples e clara de expressar os sentimentos coexistentes em mim...
Quem sabe te chamar pra sair, pedir que tu te sentes e ouças aquilo que eu penso. Quem sabe deixar tudo de lado. Te deixar de lado.
Quem dera que fosse assim.
Mas não é então ouça: você seria capaz de olhar pra dentro de si e me dar uma boa razão para tudo isso? Para o início, para o fim... Para nós.
Porque tudo que você fez até agora é me deixar sem chão, sem respostas, sem saída.
Ora me culpo, ora te culpo. Vamos lá, pare e pense: é justo?
Permita-me ser franca, mas já sendo... Você nem ao menos sem conhece! E eu que achava te conhecer tão bem, me perdi também.
Sou mulher o bastante pra dizer-te que tudo à minha volta traz as lembranças, talvez não tão boas hoje. Mas ao passo que assumo minhas responsabilidades e assumo o que sinto e penso, digo-te a mais dura das verdades (verdade essa que ansiava não ter que usar): uma escolha que antes fora tua, passou a ser minha.
Vou cuidar de mim, amor. Esqueci do meu eu pra cuidar do teu eu, pra cuidar de nós dois - que já não existe mais.
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