O mesmo amor

Acordei e decidi tratar esse amor ferido que se feriu de tanto te amar errado. Feridas que colecionei por te procurar em outros corpos achando que corpo no corpo é a reciprocidade do amor. Como se o calor físico fosse te trazer pra perto de mim, como se pudesse fazer com que você se sentisse amado pelo meu amor. Eu que me enganei achando que te enganava quando dizia que não te amava e que nem que o céu se abrisse eu cederia espaço para você. E sempre digo que feridas abertas doem para serem curadas, mas é preciso fechá-las e foi isso que fiz. Optei por te amar certo, te amar bonito, te amar de verdade como no início. Sem cobranças, desespero, medo ou aflição. Lembrar da pessoa que você era porque sei que quem você era é a essência que existe aí dentro pedindo pra vir à tona; porque a pessoa que você era odeia a pessoa que você se tornou, mas deixa estar... Assim que se quis, não é? É aí que está o meu amar-certo. Cansei de sentimentos que oscilam de acordo com atitudes. Amor é extremista, meu bem, ou ama ou não ama e eu amo. Eu amo você.