Sábado, 03:57
Volta e meia, meia volta, uma volta inteira ou mal dada e aqui estou eu, após uma pseudo overdose de literatura romântica (lê-se água com açúcar; banal; clichê), pensando em você. Hoje li algo que me chamou atenção. Algo sobre me apaixonar a cada vez que te via e percebi mais: continuo me apaixonando todos os dias um pouco mais, embora não te veja. Achei bonito. Meio ensaiado, mas foi o que fizeram do amor. De tanto que amaram e amam e ainda vão amar esgotaram todas as formas simples de falar de amor. Mas tento e tenho tentado ininterruptamente; não para me diferenciar dos outros, mas porque sinto que nada e tudo que falo não tem respaldo algum. Bom que seja assim. Logo não cessam as cartas, declarações, expressões e o melhor: não se supera o vício de falar de amor, do meu amor, de você. Quando frio, penso em esquentar-me em ti e aquecer-te em mim. Quando calor, procuro refrescar-me em tua essência de menino bobo (embora não o saibas). Apaixono-me todos os dias – começando quando acordo, após ter sonhado contigo, prosseguindo até a hora de dormir. Encontro-me e perco-me aqui, neste quarto que está cheio de tralhas que juntando todas não compensam a tua presença, presença essa tão vaga, desejada, esperada... Mas vivo e tenho vivido desesperadamente porque é preciso ter uma vida de fato vivida, além da espera, de todo amor e de toda literatura boa-noite-cinderela. Tenho vivido com gosto e amado gostoso. Suponho que cresci. Não sei. Sei que todo dia aprendo algo novo e hoje aprendi que te amo te tendo ou não. Amo vendo, vendada, esquecida ou procurada. Amo no meu desejo de viver e na vontade de te encontrar, um dia, deitado em nossa cama, ao chegar à nossa casa, carregando comida chinesa nas mãos.
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