Já escrevi algumas cartas a você, sempre sem resposta. Mas não a culpo. Não podemos nem devemos exigir de alguém um jeito “mais apropriado” para expressar seus sentimentos. Escrevo tanto para ser eternizada nas palavras. Hoje moramos juntas e todas essas palavras são exalam tanto sentido, mas desde pequena me preocupei com o futuro, e é por isso que lhe escrevo. Talvez não aproveitamos cada oportunidade que temos para dizer que nos amamos; comunal e inevitavelmente desperdiçamos muitas delas nos desentendendo ou simplesmente alheias uma a outra.
Não estou reclamando, veja bem.
Estou querendo dizer que haverá um dia em que seguirei sozinha no caminho que você me ajudou a construir e tão bem me ensinou a trilhar.
Todas as minhas cartas são para os momentos de saudade e nostalgia. Para me ouvires em tua memória, para resgatares uma Alessandra ainda dependente de ti.
Ainda que não pareça, tenho certo medo de me desvencilhar de ti. Tenho medo de que um dia eu caia sem que você esteja lá para me levantar.
Tenho ódio das palavras malditas que saíram de minha boca e te acertaram o coração. Tenho ódio porque apesar de belas, as palavras também causam ferimentos piores que os causados pela bala de um revólver.
Sei que me contradigo, e nem sempre o que quero fazer é o que de fato acabo fazendo.
Às vezes não consigo te elogiar e dizer que te amo sem me sentir uma verdadeira pateta. Mas consigo escrever que tua beleza será muito mais eterna e viva em minha memória que em qualquer fotografia. E que o amor que tenho por ti chega a me doer o peito, de tão grande.
Não sei quando iremos nos separar, mas quero que saibas que você sempre foi e sempre será a melhor amiga que já tive, e me arrependo de todas as desavenças que roubaram o lugar de mais momentos felizes para lembrarmos no futuro.
Estás dentro de mim. Meus atos refletem tua mão de amor e repreensão.
Me ensinastes coisas que jamais vi – e estou certa de que jamais verei em livros. Me ensinastes a vida.
E a vida é algo que palavra nenhuma consegue definir, porque é imensa, finda.
Quando o mundo desmorona sobre mim, uso a pouca força que me resta para voltar para casa, porque sei que sempre te encontrarei lá. Sempre me amando e me esperando.
De nada me serve as milhares cartas de amor, as declarações para os amigos nem tampouco os livros que sonho em escrever se meu grande e verdadeiro amor não souber como me sinto, de como expresso-lhe em palavras.
Amo você e sei que jamais existirá palavra tão abrangente ao ponto de fazer você entender o quanto.
Para minha mãe,
28/12/10
Não sei o que pensar desse amor que sentimos uma pela outra, é sobrenatural? normal? ou um sentimento comum? as vezes tão profundo as vezes tão estranho, pq? se nós duas nos amamos assim, pq tanta diferença ou dúvidas, pq? quem sabe só Deus vai poder responder ou se um dia sentarmos num lugar e tentar descubrir juntas. que tal,tentarmos? ehm... mais uma coisa tenho certeza. EU TE AMO MUITO. mesmo que as vezes não pareça..eu te amo e quero ser pra sempre sua amiga e mãe. amiga antes pq mãe e muita chata..
ResponderExcluirme perdoe pra sempre, por tudo que foi e o que virá..me perdoa não sou perfeita. estou tentando ser feliz..
Fique com Deus