De todos os meus problemas e medos você se sobressai. É tanto amor que não me cabe mais no peito. Foi alastrando-se até contaminar o corpo todo. Meu medo é de não amar mais ninguém como amo você. É de passar o resto da minha vida pensando em como teria sido. Aí, dói. É por isso que não me calo. Sumo, sim. Tento afogar esse amor em águas que não as tuas, mas nunca dá certo, então volto. Volto a aparecer, a falar, a tentar. Pobre você que não tem cacife para entender o que tanto falo, nem culhão pra sentir o que sinto. Caso contrário pegaria o próximo avião e deixaria esse sonho-meio-vivido pra trás. De tanto falar, uma vez que te olhando, face a face, silenciaria. Procuraria dentro de mim o que passei anos ensaiando, mas nada encontraria. Pois aquele seria o momento de calar, de ouvir teu olhar suplicando por um beijo do meu olhar, que trôpego e úmido tentaria fugir, mas acabaria sempre a te encontrar.
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