Quase raiva

Por vezes nos desentendemos. Por vezes você se aninha a mim, com ar de resignação, e diz que me ama. Quase com raiva, percebo que não consigo te detestar por muito tempo. Quase com raiva, eu respondo que também te amo. E como isso conseguia ser ruim às vezes. E é incrível como o amor consegue fazer tudo isso, essa raiva virar pó, qualquer briga virar amor e todo problema virar solução. No meio de uma conflito, eu paro pra te olhar e te vejo nu. Nu de alma. Vejo o meu melhor amigo. O abraço que eu chamo de lar. A minha felicidade no domingo mais chato de todos os domingos chatos. Eu vejo como a minha vida mudou desde que você chegou, e que nada nesse mundo faria você ir embora. Briga nenhuma faria você ir embora. Porque você veio pra ficar. Então desculpa, eu sou chata sim, mais do que sou legal. E sim, eu sei que é insuportável me aturar na TPM duas semanas por mês. E também é irritante como você, às vezes, não presta atenção no que eu falo e perde um tempo danado batendo na mesma tecla de tão perfeccionista. Mas você é lindo. Lindo além do sorriso, além dos olhos que me olham tão lá dentro, lindo além do corpo. Você é lindo na alma, e foi exatamente aí que eu caí. Foi no conhecer a tua alma que eu me apaixonei.


Sabe que quando a gente briga, eu fico te olhando, quase com raiva, e pensando que te odiar mesmo que só por um segundo é tempo demais a perder. Aí eu te abraço forte como se sugasse a tua presença. Sempre resolve.

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